Do Blog do Torcedor do Corinthians
Desfalcado de Robinho, Lucas Lima, Renato, Valencia e Chiquinho. Um elenco que, dos 34 atletas, 18 foram formados nas categorias de base praiana.
No banco, os mais de 50 anos de malandragem e resenha da bola, Serginho Chulapa (substituindo o treinador Marcelo Fernandes, cumprindo suspensão).
Do outro lado, o Corinthians. Um time em re-cons-tru-ção. Sem Fábio Santos (negociado com o Cruz Azul – México) e Elias (seleção).
Um time que se propôs a ceder campo ao adversário e partir em contra ataque, pela esquerda, tentando explorar a velocidade de Mendoza, ou então, acionar Vagner Love através de bolas quebradas (ou ligação direta) por Gil. E Love, de costas pro gol e com seus 1,73 tendo que disputar bolas no alto com David Bras (1,87) e Werley (1,83).
E o nosso treinador, lá do banco, ao lado do auxiliar Fabio Carile, achando isso tudo normal.
O primeiro tempo foi todo santista, que por merecimento, chegou ao gol. Não vou aqui me ater a polemica do lance, se Ricardo Oliveira estava ou não em posição de impedimento, mas observar a facilidade que o atacante santista encontrou pra ganhar de Dracena na corrida e chutar cruzado, vencendo Cássio.
No segundo tempo o Corinthians, muito mais por força da necessidade do que por iniciativa tática, saiu mais pro jogo, criou oportunidades, mas não conseguiu fazer a bola atravessar o retângulo.
Quando tomei conhecimento da escalação do time santista, cheguei a, por alguns segundos, acreditar que Tite lançaria o time a frente, aproveitando-se das ausências no time da baixada.
Mas ainda bem que em poucos segundos recobrei a consciência. Seria demais acreditar que Tite colocaria nosso time marcando a saída do adversário, impondo-se como deve-se impor um time da grandeza do Corinthians, mesmo jogando fora de casa.
Um time que inexplicavelmente optou por sair pelo lado, exatamente pelo lado de Mendoza, pura correria e transpiração e pouquíssima, quase nenhuma categoria e inspiração. Ou então à base dos chutões tentando criar situações que envolvessem um praticamente isolado Vagner Love, muitas vezes cercado por 3 ou 4, as vezes 5 adversários.
Seria demais pro nosso treinador, que de Mourinho de Itaquera, há poucos meses, voltou a ser o velho Adenor dos tempos de Caxias.
Perdemos hoje e não foi por causa da arbitragem. Perdemos porque entramos em campo com espírito de time pequeno. Perdemos porque nosso treinador, do alto do seu pedestal imaginário, com seu leriado prolixo, hoje inclusive, exalando prepotência ao responder sobre o lance que originou o gol santista, não entendeu que hoje tínhamos pela frente uma excelente oportunidade pra engatar uma bela sequencia de vitórias e criar a tal da espiral positiva pra sequencia do campeonato.
Perdemos porque time grande quando se comporta como time covarde, tem mais é que perder mesmo.
Mas calma, muita calma, amigos.
Calma porque Riberyldo e Dentinho estão chegando…
NOTA DOS JOGADORES E TREINADOR
Cássio: Deixou um canto enorme facilitando a vida de Ricardo Oliveira, no gol santista. Está merecendo banco de reservas. 5
Fagner: Mal no apoio, enormes dificuldades na defesa e um pouco nervoso. 5,5
Edu Dracena: Péssimo. 2
Gil: Salvou-se da mediocridade do time, pelo menos defensivamente. 6
Uendel: Não é a toa que Fabio Santos, mesmo limitado e em decadência, era dono absoluto da lateral esquerda. Fraco. 5,5
Ralf: Bicões, chutões e dificuldades na marcação. 5
Petros: Vai pro Betis ? Adios. 4,5
Jadson: Quando a gente pensa que ele vai subir a ladeira engatando uma quarta, engasga na reta. Sumido do jogo. 4
Renato Augusto: Salvou-se da mediocridade, mesmo não repetindo suas ultimas atuações. 6
Mendoza: Corre mais que notícia ruim. No Parque São Jorge, no clube social, temos o departamento Corre Corinthians. Será muito mais útil por lá. 4,5
Vagner Love: Sozinho na frente, isolado, tendo que dominar bola quebrada da defesa, fica complicado. 5
Luciano: Deu outra dinâmica ao ataque. 6
Danilo: Nosso vovô-garoto está perdendo o gás. 4,5
Edilson: Fez muito mais que qualquer lateral e qualquer atacante. 6,5
Tite: Como palestrista, 10. Como treinador de time grande, pelo menos hoje, 0.
Torcida do Corinthians na Vila Belmiro: Foi tão maravilhosa que recebeu elogios do zagueiro do Santos, David Bras, enfurecido com o silencio da sua torcida.