
Zé Maria, o Super Zé da Fiel
Tem jogador que passa. Tem jogador que brilha por um tempo e vai embora. Mas tem uns que ficam. Que entram na história, no coração da torcida, e viram parte da alma do clube. Zé Maria é um desses. Um monstro da lateral-direita. Um símbolo de raça. Um verdadeiro guerreiro alvinegro.
Quem viu o Super Zé em campo sabe do que eu tô falando. Era raça do começo ao fim. Era aquele tipo de jogador que, se precisasse, jogava até com o joelho ralado e a camisa rasgada. Não fugia do jogo nunca. Era Corinthians puro. Coração na chuteira, suor no rosto e alma no escudo.
Zé Maria chegou ao Timão em 1970. E ficou até 1983. Foram 599 jogos com a camisa do clube. Você tem noção disso? Quase 600 vezes defendendo o manto sagrado. E cada uma delas como se fosse final. Não tinha tempo ruim pra ele. Era firme na marcação, forte no apoio e preciso nos cruzamentos. Era lateral à moda antiga, do tipo que a gente sente falta hoje em dia.
1977
Mas se tem um ano que nunca vai sair da cabeça de nenhum corinthiano, esse ano é 1977. Depois de 23 anos na fila, veio o título paulista. E lá estava o Zé. Líder, exemplo, guerreiro. Chorando, sorrindo, levantando o troféu com a alma lavada. Aquele momento foi mais que uma conquista. Foi redenção. E o Super Zé tava lá, como sempre, de corpo inteiro no jogo e de espírito inteiro no Corinthians.
Além de tudo isso, ele ainda foi campeão do mundo com a Seleção em 1970. Sim, ele tava naquele timaço com Pelé, Rivelino e companhia. Mas mesmo com a estrela da amarelinha, nunca deixou de carregar o escudo do Corinthians no peito com orgulho. O Super Zé nunca esqueceu de onde veio e pra quem jogava.
Zé Maria não era só um jogador. Era um exemplo. De entrega. De respeito. De amor à camisa. Era o tipo de cara que fazia a arquibancada gritar com mais vontade, que fazia o torcedor se encher de orgulho. E até hoje, quando se fala dele, a Fiel se emociona. Porque sabe que viu algo raro: um jogador que foi Corinthians do primeiro ao último minuto.
Zé Maria é eterno. Não só pelo número de jogos ou pelos títulos. Mas porque ele representa aquilo que a gente mais valoriza: a alma corinthiana. E enquanto houver um corinthiano no mundo, vai ter alguém contando a história do Super Zé com brilho nos olhos e saudade no coração.
📊 Estatísticas Gerais
- Período no clube: 1970 a 1983
- Partidas disputadas: 599 jogos
- Gols marcados: 17 gols
- Títulos conquistados: 4 Campeonatos Paulistas (1977, 1979, 1982 e 1983)
- Posição: Lateral-direito
🏆 Conquistas com o Corinthians
- Campeonato Paulista: 1977, 1979, 1982 e 1983
- Participação histórica: Foi peça fundamental na quebra do jejum de 23 anos sem títulos estaduais, com a conquista do Paulistão de 1977
🇧🇷 Participação na Seleção Brasileira
- Copas do Mundo: Campeão em 1970 (como reserva) e titular em 1974
- Jogos pela Seleção: 64 partidas oficiais, sem gols marcados .
🏅 Reconhecimentos Individuais
- Bola de Prata da Revista Placar: 1973 e 1977
- Homenagem: Recebeu um busto de bronze no Parque São Jorge em 2021, juntando-se a outros ídolos do clube .

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