No último sábado, senti vergonha. Mas ao contrário do que vi muita gente falando por aí, não senti vergonha de ser corinthiano, isso nunca irá acontecer. Senti vergonha por pertencer a uma sociedade onde é permitido bandidos se organizarem e invadir uma propriedade privada para atacar trabalhadores, com a simples justificativa de que não estão fazendo bem o seu trabalho.
Graças a Deus, o pior não ocorreu, já que segundo relatos, alguns dos bandidos portavam paus e facas e pareciam drogados ou alcoolizados.
É o fim da picada, uma pessoa ser atacada em seu local de trabalho. É o fim da picada, que nosso presidente ainda não tenha tomado nenhuma atitude contra os bandidos organizados que participaram da invasão. A única atitude que espero deste presidente, que vem se mostrando no mínimo despreparado, é que acabe com todos as relações com pessoas que nos últimos tempos, apenas prejudicaram o Corinthians. Apenas no último ano, perdemos muitos mandos de campo e com isso, receita para o clube, tivemos infinitas vítimas da violência destes bandidos, entre elas, vítimas fatais, como o menino Kevin, em Oruro na Bolívia. Vimos grande parte da torcida se movimentar para livrar os 12 “inocentes”, confesso que naquela época, diante dos fatos publicados, cheguei a achar que realmente eram todos inocentes, mas agora vejo que em sua maioria, os 12 presos de Oruro, deveriam ter ficado por lá, pois de inocentes, não têm nada.
Na invasão ocorrida no sábado, tivemos agressões a um jogador que marcou um dos gols mais importantes da história do clube, além de faxineiros e o médico do clube. “Torcedores” como estes, justificam a atitude animalesca adotada, dizendo que os jogadores não correm, não se esforçam e que fazem o time passar vergonha. Ora, façam me o favor! Vocês vagabundos que batem em jogadores, destroem o patrimônio do clube e até mesmo brigam entre vocês, prejudicam muito mais o Corinthians do que qualquer jogador! Vocês fazem os VERDADEIROS corinthianos se afastarem dos estádios e sentir vergonha. Vocês não são os donos do Corinthians, no máximo, permanecerão o que já são, bandidos.
Mario Gobbi, honre os dois cargos que possui, o de delegado de polícia e o de Presidente do Sport Club Corinthians Paulista e coloque um fim a essa palhaçada. Caso as torcidas organizadas não tomem as medidas legais para punir os participantes desta invasão, tome as atitudes legais.
Diante de tudo que ocorreu, o futebol fica em segundo plano, já que como dizia Arrigo Sacchi, “futebol é a coisa mais importante entre as menos importantes”.
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