Rincón, o eterno capitão do povo

Tem jogador que a gente respeita. Mas tem outros que a gente carrega no peito. Rincón foi desses. Não era só um volante. Era um monstro, um líder natural, um cara que botava respeito só de olhar. Quando ele entrava em campo com aquela faixa de capitão, a gente sabia: o Corinthians tava bem representado.

Quando ele chegou no Timão, em 1997, poucos imaginavam que aquele colombiano gigante fosse virar ídolo. Mas bastaram alguns jogos pra torcida entender: esse cara era diferente. Forte, técnico, inteligente e, principalmente, com uma vontade absurda de vencer. Ele não só jogava, ele defendia o Corinthians como um verdadeiro guerreiro.

Mundial

E se tem uma imagem que jamais vai sair da nossa cabeça, é aquela de Rincón erguendo a taça do Mundial de 2000 no Maracanã. Braçadeira no braço, peito estufado, olhar sério. O mundo todo viu: o Corinthians era campeão, e Rincón era o nosso capitão. Naquele momento, ele virou eterno.

Mas não foi só o título que fez dele um símbolo. Foi a entrega em campo. Era ele quem segurava o rojão nos momentos difíceis, quem comandava o time na bola e na palavra. Em 1998 e 1999, nos Brasileiros que conquistamos, lá estava ele — firme, presente, decisivo. Sempre com o espírito do Corinthians pulsando.

Mesmo sendo colombiano, Rincón virou um dos nossos. Se identificou com o clube, com a torcida, com a luta. Não dava pra não amar esse cara. Ele era raça pura, e isso a Fiel reconhece de longe.

Quando ele se foi, em 2022, o coração da torcida doeu. Doeu como se a gente tivesse perdido um parente, um amigo, um pedaço da nossa história. Porque Rincón não era só jogador. Ele era parte do Corinthians. Era símbolo de uma era vitoriosa, de um time que dava gosto de ver.

Rincón foi Corinthians. Foi povo. Foi raça. E vai continuar sendo. Porque quem marca o escudo com honra, nunca sai da memória da Fiel. O céu ganhou um capitão. E a gente ganhou a missão de lembrar dele com orgulho e gratidão.

Obrigado, Rincón. Obrigado por tudo.
Você foi gigante. Você foi Corinthians até o fim.