Vai Corinthians!!!

02/02/2012

CAMPEÃO MUNDIAL, SIM!

Sport Club Corinthians Paulista
02/02/12 15h51

A França não fez “vestibular” para ser Campeã Mundial em 1998. Alguém ousará negar que é Campeão Mundial?! Infelizmente, lembro-me muito bem daquela partida. Para mim, não foi ficção.

Falando em França, o idioma oficial da República Popular do Congo é o francês. Apesar disso, seu time de futebol de maior destaque, a surpresa de 2010, Mazembe, trouxe relevantes contribuições para o idioma português. O país está situado no centro da África, mas a vitória do Mazembe sobre o Internacional de Porto Alegre, em 2010, trouxe à tona questões sobre a geografia mundial. Internamente, a República vivia à época – e ainda vive! – uma guerra civil. Mas sua equipe de futebol deu lições de democracia. Lições que alguns que se dizem Corinthianos ainda não aprenderam. Que pena!

É sabido que, antes do campeonato de 2000 – vencido pelo Corinthians no maior estádio de futebol do mundo, sem aspas – apenas clubes da América do Sul e da Europa participavam daqueles torneios realizados no Japão ou mesmo daqueles outros, mais antigos, com jogos na Europa e na América do Sul, ordinariamente chamados de “mundiais” – com aspas.

Aprendi na escola que as palavras têm seus respectivos significados. Significados que não mudam apenas pela vontade de quem as profere. Quem faz “vestibular” sabe. Segundo o Houaiss, “mundial” é adjetivo “relativo ao mundo como um todo, à terra inteira; geral, universal”. Aulete: Ref. ao mundo inteiro, ao planeta”.

Ora, ora. Já me perguntei antes: que estranho “mundo” – com aspas, claro! – era aquele que ignorava, por exemplo, a sua maior potência econômica e bélica, localizada na América do Norte? Já ouviram falar no tal de Estados Unidos? Sempre me acometeu a seguinte dúvida: que bizarro “mundo” era aquele que ignorava, por exemplo, o seu país mais populoso, na Ásia?

Sabe aquela guerra entre judeus e muçulmanos? No “mundo” daqueles que acham que havia Campeonato Mundial antes de 2000 não existe. Outra ficção. Que delirante “mundo” era aquele que ignorava o chamado continente negro? Continente, aliás, onde foi realizada a última Copa do Mundo. Será que era tudo virtual? Videogame? Há mais. Que esquisito “mundo” era aquele que ignorava o chamado Novíssimo Continente? Talvez seja essa a razão pela qual o Aberto da Austrália tenha causado tanto interesse nos últimos dias: é um torneio extraterrestre!

Só fazia parte do mundo quem fazia “vestibular”?! O mais curioso: que excêntrico “mundo” era aquele que ignorava até o próprio país no qual era realizado o torneio? Ou seja, o campeonato “mundial” era realizado fora do “mundo”! As equipes viajavam de disco voador?

Entendamos de uma vez por todas: para ser intitulado de mundial, é necessário, ao menos, dar oportunidade para que todos os continentes tenham seus representantes e não sumariamente ignorá-los. Não precisa de “vestibular”! “Vestibular” existe para entrar na Faculdade! Os prepotentes sempre argumentaram que o futebol fora da América do Sul e da Europa merecia, sim, ser ignorado.

O argumento é antidemocrático – coisa de quem é contra as eleições diretas! O argumento esquece que a África já ganhou o torneio olímpico em duas oportunidades, infinitas vezes mais do que o Brasil, por exemplo! O argumento esquece que a Coréia do Sul foi semifinalista em Copa do Mundo. O argumento esquece que os Estados Unidos foram finalistas da Copa das Confederações, após vencer a poderosa Espanha, atual Campeã Mundial.

É, de fato, os prepotentes não são tão potentes como acham… Não é preciso fazer “vestibular” para chegar a essa conclusão. Se os prepotentes querem fazer, disputar, comemorar a vitória em um torneio que ignora preconceituosamente vários continentes, que o façam, disputem, comemorem. Mas não o chamem de mundial!

É uma questão de semântica. É uma questão de geografia. É uma questão de democracia. Coisas de quem vai prestar o “vestibular”. Campeão Mundial foi o Corinthians. Que foi vencedor de um torneio do qual participaram representantes da América do Sul, da Concacaf, da Europa, da Ásia, da Oceania. Foi o primeiro deles. Já que, confirmando tudo que foi dito acima, passou-se a copiar o modelo inicial e, hoje, são organizados, efetivamente, torneios mundiais.

As palavras, insisto, têm seus significados. E já que o assunto diz respeito a imprecisões da língua, permito-me uma redundância: o Corinthians é o primeiro Campeão Mundial de todo o mundo – sem aspas!

Apesar de não cair no “vestibular” – embora devesse! – conhecer a história do Corinthians é requisito para ser Presidente.

Sérgio Alvarenga
Diretor Jurídico do Sport Club Corinthians Paulista



Sobre o Autor

Pablo
Coordenador de Suporte, Governador da República Popular do Corinthians e Louco pelo Timão!




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