Jogos para sempre!

04/07/2017

Como se fosse ontem – 5 anos

Lembro-me de cada instante do dia 04/07/12, como se fosse hoje, acordei (como se tivesse conseguido dormir…) muito mais ansioso do que quando fui me deitar, sabia que aquele dia iria transformar a minha vida de corinthiano, não que o time precisasse vencer para que meu amor aumentasse, mas a vitória nos traria uma alegria diferente, já que antes, nunca havia sido sentida…

Naquela manhã, aprontei-me para ir ao trabalho, mas já pensando no horário da saída, quando iria diretamente ao Pacaembú, onde teria a imensa honra de ser um dos 40.186 loucos que estariam ali, para testemunhar um momento histórico.

A tensão era tanta que pra relaxar, fui fazer uma massagem, tentando esquecer o jogo, nem que fosse por um único instante, porém, quando me sentei, o primeiro assunto que o massagista iniciou, foi a final… eu que estava ali para esquecer, acabei ficando ainda mais tenso e essa tensão foi aumentando cada vez mais, olhava no relógio mas o ponteiro se arrastava…

Chegou a hora do almoço e o nervosismo ia se acumulando ainda mais. Passei a tarde toda tentando trabalhar, mas imaginando como seria cada minuto do jogo, até que chegou a hora de ir para o estádio, fomos meu amigo Dário e eu.

No caminho, ia percebendo um clima diferente na cidade, no trem, todos falavam sobre o mesmo assunto, a cada estação, o trem ia ficando cada vez mais alvinegro, até que chegamos ao Metrô, lá comecei a ter uma pequena noção do que iria acontecer, não cabia mais ninguém, as escadas rolantes completamente lotadas e a trilha sonora já era a de um estádio de futebol, gritos de incentivo eram ouvidos a todo instante, as músicas das arquibancadas caíram muito bem a aquele ambiente.

De cada 10 pessoas que estavam no trem sentido a Paulista, 5 vestiam o manto corinthiano. Descemos na estação Paulista e fomos a pé até o Pacaembú, ao começarmos o percurso, percebemos que aquela noite seria muito diferente de todas as outras até então. A fiel abraçava o estádio, onde olhávamos víamos a tensão no rosto dos corinthianos, todos muito ansiosos, aguardando o apito inicial. Chegando no Pacaembú, me despedi do Dário com o tradicional Vai Corinthians! Já que ele iria para outro setor e eu iria encontrar outro grande corinthiano, colaborador, fotógrafo e repórter deste blog, o Chris.

Ainda eram 19:50, mas resolvemos entrar cedo, para que pudéssemos escolher um bom lugar para assistir aos 90 minutos mais tensos de nossas vidas.

A cada minuto, a fiel ia chegando ao estádio, os espaços iam sendo ocupados e as cores mudando para o preto e branco. Por volta das 21:00hs, o Pacaembú já estava lotado e a festa já tinha começado.

O que podíamos ver nas arquibancadas, era uma coisa indescritível, realmente muito emocionante, a torcida não parava de cantar, todos, unidos… “Vamos… vamos Corinthians, que esta noite, teremos que ganhar…” quando o Timão entrou em campo, senti que aquela vitória viria, que seriamos campeões da América pela primeira vez!

Assim que o jogo começou, ao contrário do que muita gente imaginava, vimos um time calmo e organizado, o que já era uma marca deste elenco. O tempo foi passando e cada vez mais, tínhamos certeza de que logo o gol viria.

O primeiro tempo chegaria ao fim, mas a festa nas arquibancadas continuava, a esta altura, já estava quase rouco, mas a vontade de continuar empurrando o time superava a dor na garganta.

Logo aos 8 minutos do segundo tempo, enquanto a torcida cobria o Pacaembú com faixas pretas e brancas, o Coringão ia bater uma falta na lateral da área, então, eu disse para o Chris: “Tira essa porra dessa faixa, eu quero ver o gol!” Alex bateu a falta, Jorge Henrique desviou de cabeça, a bola sobrou pra Danilo, que de costas, deixou Sheik cara a cara com o goleiro, Sheik meteu o pé e marcou o primeiro, a emoção tomava conta do Pacaembú, a festa era incrível, realmente muito emocionante!

Se quando o jogo estava 0x0 já tínhamos a certeza da vitória, com a vantagem no placar, o time passou a cozinhar o adversário, o grito da torcida que já era forte, ficou ensurdecedor! E sentíamos que o que viria, seria ainda mais marcante. E aos 26, quando o Sheik roubou a bola e disparou em direção do gol e tocou no canto esquerdo do goleiro, o Pacaembú explodiu! A emoção que já era enorme, ficou ainda maior, as lágrimas vieram e pra onde olhávamos, víamos o choro de alegria! Agora tínhamos a certeza de que aquele 04 de julho deixaria de ser o dia da independência americana, para ser o dia da libertação corinthiana e assim que o arbitro apitou o fim do jogo, as lágrimas que ainda restaram, vieram a baixo e a Fiel finalmente pode gritar que era campeã da América!

Todos permaneceram em seus lugares, até que o último jogador corinthiano deixasse o gramado. Ao sair do estádio, percebi que a festa fora, em toda cidade, era ainda maior do que no estádio. Meu percurso pra casa foi totalmente feliz, subi em direção a Paulista, onde encontrei milhares de corinthianos, felizes, abraçando uns aos outros, mesmo que fossem desconhecidos, fechando a avenida com pura alegria, subindo nos caminhões e festejando demais. Mesmo não sendo meu caminho, caminhei a Paulista inteira, depois voltei e fui até o centro, pela avenida 9 de julho, onde encontrei a mesma festa! Entrei no ônibus repleto de corinthianos, onde todos sorriam! Cheguei em casa por volta das 04:30… andei muito, mas nunca tão feliz… Valeu Corinthians!

Quer relembrar como foi este jogo? Assista aqui: Final Libertadores 2012

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Sobre o Autor

Pablo
Coordenador de Suporte, Governador da República Popular do Corinthians e Louco pelo Timão!




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