Brasileirão 2014

10/09/2014

Criciúma 0x0 Corinthians

do blog do Torcedor, por Ricardo Taves:

 

 

Sete vitórias, nove empate e três derrotas. Essa era a campanha do Corinthians há um ano, ao final do primeiro turno do Brasileirão 2013. A vitória a mais (temos 8V 9E e 2D) nos dá um lugar no G-4, mas na posição mais perigosa dele. Era pouco ano passado, é pouco agora. Era muito empate ano passado, é muito agora.

Sem fazer contas mirabolantes sobre quanto pontos poderíamos ter, a realidade é que precisaremos fazer mais do que nas primeiras dezenove rodadas se quisermos uma vaga na Libertadores. Ainda que seja preciso acreditar sempre, precisamos ser realistas e entender que o Cruzeiro já disparou faz tempo, e acima de tudo tropeça pouco. Vamos ter que trabalhar com meta de vice-campeonato para não correr riscos de ficar fora da competição sul-americana ou de pegar fase “pré” o que seria péssimo. Isso, claro, no Brasileirão. Na Copa do Brasil seguimos na luta.

Sobre o jogo de hoje, não foram os desfalques que nos tiraram a vitória. Da mesma forma que tínhamos que vencer (e vencemos) o Bragantino mesmo sem nossos principais jogadores, era para chacoalhar o Criciúma nesse domingo. O time dos caras é fraco e, mesmo com estádio cheio e a torcida empurrando, não vimos nossa equipe “tremer”. O problema foi falta de qualidade no primeiro tempo, e de atitude na etapa complementar. 

Mano surpreendeu ao sair com Malcom. Mantendo dois atacantes, teríamos a chance de buscar mais o resultado. Com o moleque aberto e Romero enfiado, Renato Augusto ficou novamente encarregado de armar o time. Durante alguns minutos funcionou, mas o restante do tempo foi muito pouco.

Renato não fez um grande jogo e o Corinthians sentiu. E sem a qualidade do principal jogador do time à disposição, depender dos outros para resolver seria difícil. Malcom, pelas circunstâncias, até foi bem, mas mostrou toda sua inexperiência – retomou uma bola chutada pelo goleiro, mas nervoso bateu forte ao invés de jogar com jeito. Mesmo assim, apareceu mais que Romero que também desperdiçou boa chance (de cabeça) em jogada iniciada pelo menino da base.

Tirando essas duas oportunidades citadas, o Timão não produziu muito mais. Fábio Santos com duas outras oportunidades poderia ter feito o gol da vitória, mas não fez. O problema todo é que tudo isso aconteceu num espaço de 15, 20 minutos no máximo. No resto, sonolência.

Essa falta de competitividade que esses treinadores modernos falam, irrita muito o torcedor. O Corinthians foi um time que não arriscou de média distância, que não apelou para o irritante chuveirinho, que não teve aquele jeito de buscar a vitória a qualquer custo. E a real é que esperávamos justamente isso ao invés de uma pseudo segurança de jogar antes para primeiro não perder e só depois ganhar.

Empatar demais também é perder.

E é isso que diferencia um time campeão do Corinthians. O Cruzeiro também perdeu apenas dois jogos, mas ao invés de empatar nove vezes, ficou na igualdade só três vezes. É verdade que uma delas contra o mesmo Criciúma, mas nós não poderíamos nos dar esse luxo, principalmente por ter ficado nessa em oito oportunidades antes de hoje.

O resto vocês já sabem. Vai ter que rolar uma cabeça fria para no segundo turno fazer uma campanha melhor e acabar a temporada conquistando pelo menos a vaga. E tudo isso serve de alerta para a Copa do Brasil. Se no mata-mata empatar fora é bom, empatar em 0×0 não necessariamente é um bom resultado. E quatro dos nossos foram assim, inclusive contra o Galo, nosso adversário no mata-mata.

VAI, CORINTHIANS!

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CÁSSIO – Trabalhou pouco, mas fez boas defesas. Mais uma vez mal na reposição.

FÁGNER – Defensivamente tomou um banho; na frente só apareceu uma vez.

FELIPE – Não passa segurança, mas não foi tão mal. 

ANDERSON MARTINS – Passa segurança, mas não foi tão bem.

FÁBIO SANTOS – Apareceu bem ofensivamente no começo do jogo. Depois só discreto.

RALF – Atrapalhado. Perdeu bola boba que quase custou a derrota.

BRUNO HENRIQUE – Talvez o melhor da equipe. Brigador na marcação e ainda tentou ajudar no ataque. 

PETROS – Roubou bolas como sempre, mas ofensivamente não ajudou em nada.

RENATO AUGUSTO – Não foi tão eficiente como quarta-feira. Em determinado momento se irritou com os erros de Romero e passou a tentar jogar sozinho.

MALCOM – Muito menino. Não pode ser execrado por um gol que perdeu. 

ROMERO – Cada vez gosto menos dele. 

JADSON – Entrou para dar mais cadencia, mais qualidade, mas não acrescentou muito.

FERRUGEM – Marcou melhor que Fagner, mas não atacou.

DANILO – Pouco fez.

MANO MENEZES – Foi bem ao escalar Malcom, mas errou ao sacá-lo. Mesmo que não tenha treinado com os cinco do meio + Malcom (e sim com Romero), é preciso confiar na capacidade de improviso dos jogadores. Hoje, o paraguaio foi horroroso e deveria ter saído.

FICHA TÉCNICA
CRICIÚMA 0 X 0 CORINTHIANS

Local: estádio Heriberto Hülse, em Criciúma (SC)
Data: 7 de setembro de 2014, domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Igor Junio Benvenuto (MG)
Assistentes: Márcio Eustáquio Santiago (MG) e Pablo Almeida da Costa (MG)
Cartões amarelos: Fábio Ferreira, Rodrigo Souza, Cleber Santana, Maurinho e Luis Felipe (Criciúma); Felipe, Bruno Henrique e Fagner (Corinthians)

CRICIÚMA: Luiz; Luis Felipe, Fábio Ferreira, Alcides (Ronaldo Alves) e Giovanni; Rodrigo Souza e João Vitor; Lucca (Paulo Baier), Cleber Santana e Silvinho (Maurinho); Zé Carlos
Técnico: Gilmar Dal Pozzo

CORINTHIANS: Cássio; Fagner (Ferrugem), Felipe, Anderson Martins e Fábio Santos; Ralf e Bruno Henrique; Malcom (Jadson), Renato Augusto e Petros (Danilo); Romero
Técnico: Mano Menezes


 



Sobre o Autor

Pablo
Coordenador de Suporte, Governador da República Popular do Corinthians e Louco pelo Timão!




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