Tudo indicava que teríamos um jogo tranquilo, uma partida com tudo encaminhando para um placar se não elástico, pelo menos com a garantia dos três pontos. O time titular Campeão Mundial estaria praticamente completo em campo, o adversário levou quatro gols do São Bernardo que está em campanha sofrível, era só questão de tempo.
A torcida, clichê nos últimos jogos, compareceu em peso e vamos insistir no positivo que é você ter uma participação tão intensa e marcante. O peculiar do jogo de ontem era que mesmo com o feriado prolongado, o alto preço dos ingressos e ser dia de desfile da escola de samba da maior torcida, tivemos a presença de mais de 27 mil pessoas. Pacaembu lotado para ver o Todo Poderoso.
O primeiro tempo teve como característica a falta de emoção e objetividade em fazer o gol, mais de uma dezena de escanteios cobrados de maneira quase leviana e sem perigo real de balançar a rede adversária. Guerrero tirou o time da mesmice fazendo o gol e que fase do jogador!
No intervalo o Corinthians deve ter pensado em tirar um cochilo para aproveitar os bailes e desfiles de logo mais a noite porque voltou numa lerdeza que além de não ser atual perfil do nosso time, comprometeu o jogo; levamos o empate e a virada em pouco tempo.
Não entendo dos quesitos de avaliação das escolas de samba, mas não precisa de muito para dizer que nossa evolução, harmonia e conjunto foram fraquíssimos na tarde de ontem. Apresentamos falhas individuais e coletivas que não “são nossas” diante de um adversário que tem como maior destaque um jogador que já é patrimônio histórico do futebol e um goleiro visivelmente fora de forma e que não jogava há anos.
Imagino que o Tite pensou em ganhar o jogo e fez algo daquelas coisas que só fazemos porque, afinal, é Carnaval! Resolveu deixar o time ofensivo e tirou os dois laterais. Você lembra uma única vez em que ele tenha armado o time assim?! O treinador tinha avisado ao grupo de torcedores mais contentes e ofensivos que ver Sheik, Guerrero e Pato juntos seria difícil, mas essa festa brasileira contagiante (e um placar adverso) faz da fantasia, realidade.
O São Caetano, mesmo com um jogador a menos, posicionou-se na defesa e nossas tentativas paravam em seus jogadores ou em batidas que não levaram grande perigo. Continuamos tentando até o gol de Paulinho estávamos naquele momento “tudo ou nada” e lembrando que para nós nada é fácil e/ou gratuito.
Vou me atrever a avaliar o desempenho individual de nossos jogadores:
Danilo Fernandes: tem muito potencial, mas considero que não está tão seguro e/ou acima do nível do Júlio César. Observo que precisa trabalhar a reposição de bola e seu posicionamento porque tive a impressão de que fica um tanto adiantado.
Alessandro: o pomo da discórdia entre a colaboradora que escreve e o dono do blog, jogou abaixo da média ontem e a coroação foi sua falha individual no primeiro gol do adversário. Falhou ainda em algumas estocadas ofensivas. Já perdoei.
Gil: mesmo numa tarde fraca, foi o melhor da zaga.
Paulo André: Jogou muito estranho. Precisa trabalhar urgente a mania de jogar as bolas, mesmo as mais simples e de fácil domínio, para a lateral.
Fábio Santos: Fiz questão de observá-lo muito bem porque tenho “mania de perseguição” com alguns jogadores e suas fases. Não está seguro nas jogadas mais simples e apesar de ter iniciado a partida muito bem, meio que deu uma estacionada.
Ralf: Jogador com raça, coração, técnica. Em uma jogada linda que uniu todas as qualidades evitou, sem falta, um ataque quase fulminante do adversário. Lance sensacional!
Paulinho: Outro que é a nossa cara porque é daqueles que você não percebe direito, mas está lá com o que tem de melhor! Apoiou, atacou, marcou e foi, junto com o Guerrero, um dos melhores em campo.
Jorge Henrique: Não conseguiu uma sintonia maior com Alessandro e suas tentativas de jogadas foram em vão.
Danilo: No primeiro tempo ainda se apresentou e tentou algumas jogadas, mas não foi bem.
Emerson: Sem “pegar no pé” está devendo há alguns jogos, tem umas jogadas e lances ótimos e brilhantes, está apoiando o time, mas longe de ser quem é. O único que conseguiu sair do jogo com três pontos (!)
Guerrero: O cara é sensacional, além de uma fase em que marca jogo sim e jogo também, corre, marca, sofre falta, “amarela/avermelha” o adversário. Sua vibração com o gol também é singular.
Pato: Novamente teve seu nome aclamado pela torcida, entrou com muita movimentação, toque, tentativas, mas esbarrou na defesa adversária. Sua colombina estava na platéia observando-o com atenção. Ah! O Amor!
Renato Augusto: Não lembro…e agora, Arnaldo?
Romarinho: entrou na correria e acertou alguns passes, entre eles o que gerou o gol do Paulinho.
Tite: Em tarde de Carnaval apostou na fantasia da ofensibilidade!
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 2 X 2 SÃO CAETANO
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 9 de fevereiro de 2013, sábado
Horário: 16h20 (de Brasília)
Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza
Assistentes: Daniel Paulo Ziolli e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa
Cartões amarelos: Alessandro (Corinthians); Samuel Xavier e Gabriel (São Caetano)
Cartão vermelho: Eli Sabiá (São Caetano)
Público: 25.392 pagantes
Renda: R$ 920.876,00
Gols:
CORINTHIANS: Guerrero, aos 37 minutos do primeiro tempo, e Paulinho, aos 42 minutos do segundo tempo
SÃO CAETANO:Rivaldo, aos três minutos do segundo tempo, e Danielzinho, aos 19 minutos do segundo tempo
CORINTHIANS: Danilo Fernandes; Alessandro (Romarinho), Gil (Renato Augusto), Paulo André e Fábio Santos (Alexandre Pato); Ralf e Paulinho; Jorge Henrique, Danilo e Emerson; Guerrero
Técnico:Tite
SÃO CAETANO: Fábio Costa; Samuel Xavier, Gabriel, Eli Sabiá e Fernandinho; Moradei, Leandro Carvalho, Eder e Rivaldo (Aílton); Danielzinho (Adriano) e Vandinho (Jobson)
Técnico: Geninho
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