Sempre admirei as pessoas que são pragmáticas, certinhas, “devotas” da Ciência e que possuem uma explicação concreta e racional sobre o Tudo…e o Nada! O apreço deve-se justamente ao fato de ser extremamente passional e buscar nas entrelinhas e em universos paralelos a explicação para uma série de questões.
Deixando as inquietações para a terapia e falando somente de Futebol, “coisa mais importante, das menos importantes”, o interesse pelo desconhecido não seria diferente (longe de ser supersticiosa ou portadora de transtorno obsessivo compulsivo), dentro da paixão pelo Corinthians. Aqui cabem vários, digamos rituais:
*usar sempre mesma camisa que vem acompanhando as vitórias;
*não deixar de ver ou ouvir o jogo;
*em casa: ver pela TV e ouvir a narração de José Silvério (quando não é ele “temos um início de problema”) e mesmo lugar no sofá;
*no estádio: descer pelo mesmo lado da calçada da Rua Major Natanael, registro fotográfico, fileira de letras que considero legais, (aqui vale dizer que procuro respeitar a marcação dos assentos, mas os próprios fiscais “sugerem” que o torcedor se acomode onde tiver lugar – Imagine na Copa!), acompanhar atentamente a escalação, observar o público, as crianças que recebem o time em campo e não vaiar o adversário.
A introdução foi só para dizer que se torcida ganha jogo eu não sei, mas ontem não fiz a minha parte, o juiz percebeu e o caldo desandou:
Não desci pela calçada correta, o cartão do Fiel Torcedor não “tinha crédito” e tive que procurar a ouvidoria. Resolvido o problema não fiz o registro “auto-retrato com o placar ao fundo” porque andam dizendo que isso é brega e ao invés de olhar o público fui usar o celular… tsc,tsc,tsc,.
Encontrei uma amiga e seu filho, eles tinham histórico vitorioso e estava muito entusiasmada com a ideia de ver o jogo com a amiga de adolescência, mas quando me vi vaiando o time da Ponte tive certeza “que alguma coisa estava fora da ordem”!
O que veio a seguir foi uma pausa nesse processo todo para ver o jogo, primeiro a emoção de rever o MELHOR TIME DO MUNDO entrando em campo, o hino (sim eu me emociono ouvindo o Hino Nacional) e a homenagem da torcida que soltou balões puxando camisas imensas com o número de cada jogador que entrou em campo na conquista do Mundial.
A partida foi relatada com brilhantismo no post anterior e concordo criticamente com tudo o que foi escrito, só colocaria um pouco mais de confete na participação do Zizao, pois é impressionante o carisma do jogador e como toda a torcida incentiva, motiva, acredita, grita e torce por ele. Aqui “mordi a língua” porque acreditava, na ocasião da contratação, que não jogaria pelo nosso time e seria apenas uma ação do marketing.
Foi um final de tarde singular e inesquecível porque pude aliar minha paixão pelo Corinthians à companhia de uma amiga maravilhosa e seu filho. Sabemos que o amor independe do resultado, que o jogo acontece nas quatro linhas e tal, mas para desencargo de consciência todas as minhas manias serão respeitadas na próxima partida.
Em tempo: no único ano em que abandonei, por um motivo tolo, o Corinthians… caímos. Aprendi duramente a lição e resolvi que “eu nunca mais vou te abandonar, porque eu te amo”.
Zizao cercado por crianças na entrada
Balões com as “camisas” dos campeões.